Poderia ser este o ponto de
partida para este fim-de-semana em que celebramos a padroeira da nossa Capela:
Nossa Senhora da Ponte. De facto, a beleza de Deus revela-se de um modo único
em Maria. Com Ela, queremos escutar e cumprir o que ouvimos do nosso Deus, o
Bom Pastor.
Já antes do dia principal desta
celebração que a Capela revelava a azáfama daqueles momentos especiais. O
corrupio das flores, dos vasos, dos paramentos, das alfaias litúrgicas, das
arrumações de última hora e o ultimar de preparativos é pronuncio de festa.
Festa, em especial, no interior de cada um. Toda a nossa Fé tem raízes na manhã da Ressurreição de Jesus pois, como nos diz São Paulo, «se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a nossa fé» (1 Cor 15, 14). Assim, e a partir das 16 horas de Sábado, cada ano de catequese apresentou uma estação da Via Lucis. Foi um percorrer juntos os caminhos da Ressurreição, um encontrar face-a-face com o Ressuscitado e escutar a Sua mensagem.
Logo se chegou ao
ponto central desta festividade: o encontro real com esse mesmo Senhor no Altar
da Eucaristia.
Presidida pelo nosso pároco (o Sr. Padre Vidinha), concelebrada
pelo Sr. Padre Garrido e com a presença do Diácono Gomes, celebramos a nossa
Fé. Centrando a sua mensagem em Maria (a Divina Pastora, como também é
chamada), o nosso pároco fez-nos meditar nas vocações à vida sacerdotal e
religiosa (era, também, dia do Bom Pastor) e no dom da Eucaristia para a
Igreja. Tal como dizia o sr. Padre Vidinha, “tal como Maria, a Senhora da
Ponte, todo o cristão é chamado a ser Ponte para Deus no mundo de hoje”. Os
cânticos do nosso Coro Litúrgico, a assembleia de fiéis repleta de várias
idades, o número de Acólitos (tantos eram) e a forma como a Capela estava
decorada fizeram justiça ao dia que era: celebrávamos a Mãe da Comunidade. E,
uma mãe, celebra-se sempre da melhor forma! A Eucaristia terminou com o Ato de
Consagração a Nossa Senhora da Ponte. Relembrando os mais frágeis e débeis da
Comunidade, pedimos-Lhe que, nestes momentos em que o Homem tem poder de “fazer
deste mundo um jardim, ou reduzi-lo a um amontoado de ruínas” as “trevas não
prevaleçam sobre a luz” e que “todos os homens descubram Cristo, luz do mundo e
único Salvador”.
Finda a Eucaristia, recitou-se o Terço com a ajuda da
Legião de Maria, Grupo de Acólitos e Grupo Coral. A forma espontânea como
alguns elementos da assembleia pediu que se repetisse a Consagração a Nossa
Senhora da Ponte, pode traduzir bem a importância de Maria para esta Comunidade.
Já no Domingo à tarde, esta
celebração de Maria continuou. E como cantar é rezar duas vezes, nada melhor do
que o Concerto de Coros Litúrgicos. Partindo da apresentação de duas peças em órgão por uma adolescente que cresceu nesta Comunidade, logo escutamos o nosso Coro Infantil. De facto, e tal como eles cantavam, apetece-nos dizer “Ensinai-nos Pastorinhos a viver na Escola de Maria”. Assistimos à apresentação do Grupo Coral Litúrgico de Santa Maria de Campanhã que ofereceu o seu louvor a Maria pelos tantos peregrinos que já se encontram a caminho de Fátima. De seguida, pudemos escutar o Coro do Seminário do Padre Dehon e, por fim, o Grupo Coral Litúrgico de Nossa Senhora da Ponte. O encontro terminou com todos os coralistas a cantar ao Bom Pastor. E, como de festa se trata, tudo terminou com um lanche partilhado onde todos os filhos de uma mesma Mãe puderam conviver e criar mais Ponte.
Quando toda uma jornada parece estar a terminar e cada um parece estar a voltar ao seu dia-a-dia, sabe bem subir novamente à Capela, olhar para “a Senhora que hoje parece estar no meio de um jardim, o jardim de Maria” e dizer-Lhe: “Ave-Maria, estrela-d’alva, rosto que brilha e nome que salva”!
Luís Gonçalves
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