segunda-feira, 7 de abril de 2014





Lázaro vem para fora..


Dos Evangelistas, quem ultimamente nos tem alimentado a vida e a esperança é São João, para quem a Ressurreição de Lázaro é ocasião privilegiada para a proclamação da vitória de Jesus sobre a morte e a Sua glorificação pelo Pai (Jo 11, 4).

Apesar da amizade de Jesus, Lázaro não foi poupado à experiência limite da morte, nem as suas irmãs ao desconforto da dor pela perda do irmão; é que a doença, o sofrimento e a própria morte não são para Jesus sinal da ausência de Deus, nem que Deus desistiu e deixou de amar, antes ocasião para manifestar solidariedade com todo o sofrimento humano vivido por todos os Lázaros mortos e atados, por todas as Martas com pouca fé e de horizontes de esperança reduzidos e de todas as Marias nostálgicas e deprimidas. Ao visitar esta família e ressuscitar Lázaro, Jesus quer recordar a Marta que Deus tem sempre a última palavra na nossa vida e na vida da humanidade, quer dizer a Maria que os problemas do dia-a-dia não se resolvem fechando-nos em casa em lamentação sentida ainda que compreensível; quer-nos dizer a todos que Deus ama infinitamente mas, apesar disso, não deixamos de ser mortais e continuamos a estar sujeitos aos contratempos da natureza humana, ainda que alicerçados na certeza de que também nós havemos de triunfar da morte.

Senhor Jesus
Ajuda-me a morrer cada dia ao egoísmo para que nasça em mim, nesta Quaresma, um homem novo.



Meditando para o 5º Domingo da Quaresma do ano A - Pe. Fausto in diálogo 1287 


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