quinta-feira, 17 de maio de 2018


Catequese 4º Ano


As aparições de Fatima



       ♦ A primeira aparição: 13 de maio

       A 13 de maio de 1917, depois de terminada a Eucaristia, Lúcia de Jesus de 10 anos, Francisco Marto de 9 anos e Jacinta Marto de 7 anos, foram pastorear o rebanho de ovelhas nas terras do pai de Lúcia, na Cova da Iria.

       Relataram os 3 pastorinhos que após um clarão parecido com um relâmpago, num céu luminoso e sereno, sobre uma azinheira com um pouco mais de um metro de altura apareceu-lhes a Mãe de Jesus.

       Segundo Lúcia, era “uma Senhora vestida toda de branco, mais brilhante que o sol, espargindo a luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente”.

       “As mãos, trazia-as juntas em oração, apoiadas no peito, e da direita pendia um lindo rosário de contas brilhantes como pérolas, terminando por uma cruzinha de vivíssima luz prateada. Como único adereço, um fino colar de ouro-luz, pendente sobre o peito, e rematado, quase à cintura, por uma pequena esfera do mesmo metal

       Relativamente à forma como Nossa Senhora estava vestida, Lúcia mencionou que “ELA envergava um vestido mais branco que a própria neve, de tal forma que parecia tecido de luz. Um manto cobria lhe a cabeça, também branco e orlado de ouro, do mesmo comprimento que o vestido, envolvendo-lhe quase todo o corpo.

       Nesta primeira aparição, Nossa Senhora pede aos 3 pastorinhos que fossem àquele mesmo local seis meses seguidos, no dia 13, à mesma hora. E acrescenta que viria uma sétima vez.

       Ainda de acordo com os 3 pastorinhos, Maria perguntou: “Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de suplica pela conversão dos pecadores?"

       À resposta afirmativa das crianças, Maria acrescentou: “Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto”. E, enquanto proferia estas palavras, abriu as mãos pela primeira vez, das quais “emanava uma luz tão intensa que lhes permitia ver a Deus.”

       Após um breve momento, Nossa Senhora disse: “Rezem o Terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra”. E, dito isto, elevou-se ao céu.

       Nas aparições, a Virgem Santíssima falou apenas com Lúcia, Jacinta só ouvia o que Ela dizia e Francisco não A ouvia mas apenas via.


       ♦ A segunda aparição: 13 de junho

       Já com a presença de 50 pessoas na Cova da Iria, os 3 pastorinhos viram de novo o reflexo da luz (a que chamavam relâmpago) que se aproximou da azinheira.

       Neste momento, Lúcia pede para que Maria os leve para o Céu.

       Segundo Lúcia a resposta de Nossa Senhora foi : “Sim, à Jacinta e ao Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o seu trono”.
       Disse ainda: “O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.”

       De novo, abriu as mãos das quais se fez notar o reflexo de intensa luz, como que “submergindo-os em Deus”. Na palma da mão direita de Maria estava um Coração cercado de espinhos. “Era o Imaculado Coração de Maria a pedir ajuda.”

       E Nossa Senhora, resplandescente de luz, elevou-se aos céus. 





       ♦ Terceira aparição: 13 de julho

       Lúcia, até à tarde do dia anterior, estava decidida a não ir à Cova da Iria. Mas, com o aproximar da hora, sentiu-se impelida por uma força estranha, à qual não lhe era fácil resistir. Então, foi ter com os primos, que se encontravam no quarto , de joelhos, a chorar e a rezar porque não queriam ir sem ela. E, assim, as 3 crianças puseram-se a caminho.

       Quando chegaram ao local da aparições, perceberam que estavam lá mais de 2 mil pessoas. O pai de Francisco e Jacinta, Sr. Marto, narrou ter visto uma nuvenzinha acinzentada pairar sobre a azinheira.

       Pouco tempo depois Maria falou: “Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem; que continuem a rezar o Terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer”.
       E Lúcia revela que Nossa Senhora pediu para eles se sacrificarem pelos pecadores e dizerem muitas vezes, em especial sempre que fizerem algum sacrifício:

       “Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria”.

       Maria revela, então, aos 3 pastorinhos a primeira parte do segredo de Fátima: a visão do inferno; a segunda parte do segredo: o anúncio do Castigo e dos meios para evitá-lo. A terceira parte do segredo permaneceu desconhecida até 26 de junho de 2000. Nesta data, foi divulgada por determinação do Papa João Paulo II. (Procurar em “Segredo de Fátima”).

       Posteriormente, Nossa Senhora, elevou-se aos céus.

       O final da aparição, segundo Sr. Marto, foi caracterizado por uma espécie de trovão.







       ♦ Quarta aparição: 15 de agosto

       Às vésperas do dia 13 de agosto, os 3 pastorinhos foram presos e mantidos por 3 dias sob vigilância do Administrador de Ourém, que tinha por objectivo saber os segredos a eles confiados. Assim, não puderam comparecer à Cova da Iria, no dia 13 de agosto.

       Alguns dos presentes, no local, testemunharam ter ouvido o trovão, o relâmpago e o surgimento da pequena nuvem, leve, branca e bonita, pairando sobre a azinheira. E que pouco tempo depois a mesma subiu e desapareceu no céu.

       A 15 de agosto foram libertados e mandados pastorear nos Valinhos.

       Lúcia e Francisco sentiram que algo sobrenatural os envolvia… E pediram a João, irmão de Jacinta, que a fosse chamar. Lúcia e Francisco viram o reflexo da luz como um relâmpago e, com a chegada de Jacinta, também Nossa Senhora apareceu sobre a azinheira. “Ela queria que viessem no próximo dia 13 e que rezassem o Terço todos os dias.”

       “No último mês farei o milagre para que todos acreditem.” prometeu a Virgem.

       Pediu que fossem feitos dois andores para a festa de Nossa Senhora do Rosário com o dinheiro deixado pelo povo na Cova da Iria, sendo o restante usado para ajudar na capela que mandariam fazer. E, tomando um aspecto mais triste, acrescentou:

       “Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o Inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas”.

       Dito isto, elevou-se ao Céu.

       Durante longos minutos os pastorinhos permaneceram em estado de êxtase, pois sentiam-se invadidos por uma alegria inigualável, após tantos sofrimentos.






       ♦ Quinta aparição: 13 de setembro

       Neste dia, 15 a 20 mil pessoas, e talvez mais, estavam na Cova da Iria. Todos queriam ver, falar e fazer pedidos às crianças para que os apresentassem à Virgem. Junto à azinheira, começaram a rezar o Terço com o povo, até que num reflexo de luz Nossa Senhora apareceu.

       “Continuem a rezar o Terço para alcançarem o fim da guerra. Em outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo.”
       Francisco, de modo especial, sentia-se transbordado de alegria com a perspectiva de ver, dali a um mês, Nosso Senhor Jesus Cristo.



       ♦ Sexta e última aparição: 13 de outubro de 1917


       Já era o outono. Uma chuva persistente e forte transformara a Cova da Iria num lamaçal e encharcava a multidão de 50 a 70 mil peregrinos, vindos de todos os cantos de Portugal. Assim que chegaram, Lúcia pediu que fechassem os guarda-chuvas para rezarem o Terço. E, pouco depois, houve o reflexo de luz e Nossa Senhora apareceu sobre a azinheira.

       “Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas.”
       Ao pedido de cura para uns doentes e conversão para alguns pecadores, Nossa Senhora respondeu:

       “Uns sim, outros não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados”.
       E tomando um aspecto triste, Ela acrescentou:

       “Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido”.

       E, abrindo as mãos, fê-las refletir no sol, e enquanto Se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projetar-se no sol.

       Todos se olhavam perturbados. Depois, a alegria explodiu:“O milagre! As crianças tinham razão!”

       Os gritos de entusiasmo ecoavam pelas colinas adjacentes, e muitos notavam que sua roupa, encharcada alguns minutos antes, estava completamente seca.

       O milagre do sol pôde ser observado a uma distância de 40 quilómetros do local das aparições.






       ♦ A promessa da sétima vinda de Nossa Senhora 


       Na sua primeira aparição, a Santíssima Virgem pediu aos 3 pastorinhos que viessem à Cova da Iria seis meses seguidos. E acrescentou: “Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez”.

       Seguiram-se as seis aparições, segundo o relato da Irmã Lúcia, pairando o mistério sobre a sétima aparição…

       Estará, esta, ligada à promessa do triunfo de Seu Imaculado Coração? Esse triunfo, sem dúvida, configura uma suprema e altíssima esperança para os dias de hoje! Fátima, queiramos ou não, tornou-se com a promessa “Por fim meu Imaculado Coração triunfará” o ponto de referência essencial, indispensável, para a nossa vida e para o mundo contemporâneo.













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