As propostas de Jesus destinam-se aos discípulos de todas as
épocas; pretendem ajudar-nos a purificar a nossa opção e a integrar, de forma
plena, a comunidade do Reino.
Antes de mais, Jesus mostra aos discípulos que a
comunidade do Reino não pode ser uma seita arrogante, fechada, intolerante,
fanática, que se arroga a posse exclusiva de Deus e das suas propostas. Tem de
ser uma comunidade que sabe qual o seu papel e a sua missão, mas que reconhece
que não tem o exclusivo do bem e da verdade e que é capaz de se alegrar com os
gestos de bondade e de esperança que acontecem à sua volta, mesmo quando esses
gestos resultam da acção de não crentes ou de pessoas que não pertencem à
instituição Igreja. O verdadeiro discípulo não tem inveja do bem que outros
fazem, não sente ciúmes se Deus actua através de outras pessoas, não pretende
ter o monopólio da verdade nem ter o exclusivo de Jesus. O verdadeiro discípulo
esforça-se, cada dia, por testemunhar os valores do Reino e alegra-se com os
sinais da presença de Deus em tantos irmãos com outros percursos religiosos,
que lutam por construir um mundo mais justo e mais fraterno.
Meditando para o 26º Domingo do tempo comum do ano B - Dehonianos
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