Sábado realizamos mais um
Encontro com Pais sobre o tema “Educar na e para a Alegria”.
Para nos falar
neste assunto tivemos connosco o casal Arlinda e Umberto, que de forma simples,
mas profunda, nos alertaram para pequenos aspectos tão importantes para a
educação das crianças. Dirigindo-se aos presentes começaram então por dizer:
“Todos que aqui estamos temos filhos, estamos aqui porque
somos pais e pertencemos à mesma família: A família dos educadores.
E o que é educar? Eu penso que podemos resumir esta definição
em duas pequenas palavras:
Educar é fazer crescer. Educar no amor e para o amor. Educar
na alegria e para a alegria.
E educar para a alegria brota do
colo, da segurança que a criança sente à sua volta, no carinho, na ternura, na
disponibilidade, na simplicidade, na humildade, na forma como lhe demonstramos
a felicidade e a alegria de sermos pais, mesmo nas dificuldades. Não lhe
devemos esconder a realidade, devemos sim dar-lhe a conhecer com uma linguagem
própria para que ela a entenda.
Não podemos regatear tempo para
os nossos filhos, já que eles são o bem mais precioso da nossa vida. Gestos
simples, como preparar o pão com manteiga para levarem para a escola, nem que
para isso tenhamos que nos levantar mais cedo 5 ou 10 minutos, representam
muitos para os filhos, possibilitando-lhes levarem consigo um bocadinho da mãe
ou do pai.
Temos que ser colo permanente
para os acolher essencialmente nas suas dificuldades, temos que ouvir, que os
perceber, que prestar atenção ao que vão dizendo e às suas preocupações,
respeitando-os, mostrando-lhes os diversos caminhos com serenidade, sem
crítica, sem mentiras, não mandando apenas fazer mas fazendo e mostrando-lhes
que têm sempre à sua disposição um amor gratuito, que dá e nada espera em troca
a não ser a sua felicidade. Os nossos filhos vão crescendo e necessitam de
harmonia, coerência nas acções maternais e parentais.
Há dias li um pequeno postal que
dizia: «A palavra Mãe não é um nome ou substantivo. Ela é um verbo, e que
verbo! Acolher, sorrir, construir, afagar, compreender, sofrer, sonhar, apoiar,
enfim, Amar. (O mesmo se pode dizer da palavra Pai.)
Um filho para sentir alegria de
crescer e de viver, tem que saber que tem ao dispor uns pais envolvimento, uns
pais cultura, uns pais inteligentes, uns pais Amor. Que não são “cobradores de
impostos”, que tudo o que fazem é com um amor gratuidade, com um amor oblativo
e que os nãos dos pais são sinónimo desse amor quando explicados. Devemos
repetir-lhes muitas vezes que eles são fruto do amor dos pais e obra do amor de
Deus e que eles nasceram para serem felizes e livres, mas com consciência do
que essa liberdade exige de cada um de nós.
É preciso rezar, falar-lhes de Jesus e do Seu
Amor por nós. Ir à missa com eles, acompanhá-los na catequese, nos grupos de jovens,
conhecer os seus amigos, recebe-los e com eles participar nas suas
brincadeiras, mostrar-lhes interesse em aprender com eles e estar inserido no
seu mundo.
As idades complicadas estão quase
a chegar, mas não são diferentes das nossas, quando por lá passamos. Hoje como
ontem há dificuldades e é sempre uma tarefa muito difícil saber educar para um
mundo de valores, um mundo onde exista a esperança na alegria, na felicidade.
Porém educar ontem como hoje é um
tempo de alegria, de festa, de renovação das nossas vidas, de crescermos com
eles ensinando-os e aprendendo deles uma nova forma de estar presente no
mundo.”
Ao terminar este encontro, os
meninos juntaram-se aos pais onde ofereceram uma rosa à mãe e uma pagela ao
pai.
Ofertas providenciadas pelo casal que muito alegraram aqueles que as
receberam e os que as ofereceram.
Foi um miminho podermos contar
com a Arlinda e o Umberto entre nós, beber do amor que extravasa deste casal
que se assume como eternos conquistadores um do outro e dos exemplos de vida
concretos e simples mas que fazem toda a diferença na ajuda que damos aos nossos
filhos no seu crescer que deve acontecer a partir de dentro.
O nosso bem haja ao casal Arlinda
e Umberto.
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