Um Reino
Quantas vezes “apontam o dedo” à
nossa Fé? Questionam a existência de um Deus todo-poderoso que convive com a
injustiça. Quão estranho falar num “Reino de Deus” num mundo onde,
aparentemente, reina o Mal. Foi esse o pontapé de saída de mais uma catequese.
Mas não nos basta questionar.
Quisemos ir mais além. Perceber que Reino é esse que Jesus afirmou estar já no
meio de nós (Mc 1, 15), como podemos “fazer parte dele” e como se tornará
realidade nos nossos dias.
Jesus vai-nos dando essas indicações. Aa
concretização desse projeto de Deus depende da forma como o acolhemos (Mc 4,
1-9) e cresce pelo seu próprio poder se tiver raízes em nós (Mc 4, 26-29).
Embora o projeto de Deus para nós e para o mundo possa começar pequenino e do
aparentemente desprezível aos nossos olhos (qual grão de mostarda – Mc 4, 30-32),
“crescerá até chegar(mos) ao Céu”, como comparava o Hugo.
Mas quantos aceitamos
este desafio? Por curiosidade investigamos… Temos o quê? Três / quatro jovens
por turma que afirmam abertamente ser Cristãos?! Há que ser fermento! Como
dizia o Ricardo, "se o fermento faz a diferença no pão, porque não havemos
nós de conseguir fazer a diferença no mundo?” (Mt 13, 33). Tal como referia a
Inês, a concretização desse Reino, de facto, “depende de cada um de nós, do
nosso empenho”.
Só quando percebermos esse Reino
como um tesouro, como uma pérola, quereremos arriscar tudo para o alcançar (Mt
13, 44-46). Perceberemos que “vale a pena arriscar e deixar tudo para O seguir”
(dizia-nos o Zé Miguel), que vale a pena avançar contra a corrente!
Imagem de alguém que deixou tudo
para correr atrás desse tesouro maior, é São Luiz Gonzaga. Esse jovem que viveu
no século XVI, herdeiro de um trono, deixou todas as riquezas, projetos e
conforto para iniciar a realização do Reino. Tornando-se Jesuíta foi para Roma,
onde serviu ao mais marginalizados. Contraindo a doença daqueles a quem
auxiliava, morreu de peste aos 21 anos, igual a tantos outros incógnitos. Buscava,
incansavelmente, um tesouro que o mundo não lhe oferecia. Para si, repetia
muitas vezes: “de que serve isto para a Eternidade?”.
São exemplos destes que nos fazem perceber
que “o Reino de Deus não vem de forma ostensiva. (…) o Reino de Deus está entre
vós!” (Lc 17, 20-21)
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