terça-feira, 13 de novembro de 2012

Catequese 10º ano






Um Reino

Quantas vezes “apontam o dedo” à nossa Fé? Questionam a existência de um Deus todo-poderoso que convive com a injustiça. Quão estranho falar num “Reino de Deus” num mundo onde, aparentemente, reina o Mal. Foi esse o pontapé de saída de mais uma catequese.


Mas não nos basta questionar. Quisemos ir mais além. Perceber que Reino é esse que Jesus afirmou estar já no meio de nós (Mc 1, 15), como podemos “fazer parte dele” e como se tornará realidade nos nossos dias.

 Jesus vai-nos dando essas indicações. Aa concretização desse projeto de Deus depende da forma como o acolhemos (Mc 4, 1-9) e cresce pelo seu próprio poder se tiver raízes em nós (Mc 4, 26-29). Embora o projeto de Deus para nós e para o mundo possa começar pequenino e do aparentemente desprezível aos nossos olhos (qual grão de mostarda – Mc 4, 30-32), “crescerá até chegar(mos) ao Céu”, como comparava o Hugo.
Mas quantos aceitamos este desafio? Por curiosidade investigamos… Temos o quê? Três / quatro jovens por turma que afirmam abertamente ser Cristãos?! Há que ser fermento! Como dizia o Ricardo, "se o fermento faz a diferença no pão, porque não havemos nós de conseguir fazer a diferença no mundo?” (Mt 13, 33). Tal como referia a Inês, a concretização desse Reino, de facto, “depende de cada um de nós, do nosso empenho”.

Só quando percebermos esse Reino como um tesouro, como uma pérola, quereremos arriscar tudo para o alcançar (Mt 13, 44-46). Perceberemos que “vale a pena arriscar e deixar tudo para O seguir” (dizia-nos o Zé Miguel), que vale a pena avançar contra a corrente!

Imagem de alguém que deixou tudo para correr atrás desse tesouro maior, é São Luiz Gonzaga. Esse jovem que viveu no século XVI, herdeiro de um trono, deixou todas as riquezas, projetos e conforto para iniciar a realização do Reino. Tornando-se Jesuíta foi para Roma, onde serviu ao mais marginalizados. Contraindo a doença daqueles a quem auxiliava, morreu de peste aos 21 anos, igual a tantos outros incógnitos. Buscava, incansavelmente, um tesouro que o mundo não lhe oferecia. Para si, repetia muitas vezes: “de que serve isto para a Eternidade?”.
São exemplos destes que nos fazem perceber que “o Reino de Deus não vem de forma ostensiva. (…) o Reino de Deus está entre vós!” (Lc 17, 20-21)






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